Reflexão da Semana

A paixão da sua vida
( Marina Colasanti)
Amava a morte. Mas não era correspondido.
Tomou veneno. Atirou-se de pontes. Aspirou gás. Sempre ela o rejeitava, recusando-lhe o abraço.
Quando finalmente desistiu da paixão entregando-se à vida, a morte, enciumada, estourou-lhe o coração.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

[RESENHA] Cuba, minha revolução.

Uma HQ emocionante, verdadeiramente tocante e até revoltante. Essas são os adjetivos que que melhor descrevem essa semi-autobiografia de Inverna Lockpez, uma cubana que viveu a angústia de ser cubana na Cuba de Fidel.
Logo no início do texto a autora já me conquistou com sua nota. [1]

Inverna e Dean \o/
"Este livro é dedicado ao povo cubano onde estiver. O povo que não foi ouvido, que agüentou a penúria da economia, que anseia expressar-se por meio da arte sem temor do cárcere é que ainda luta pelo retorno da liberdade que uma vez teve."

A HQ trata da história de uma personagem fictícia chamada Sonya. Ela era uma jovem de 17 anos que queria ser artista mas que, por se apaixonar pela proposta de Castro para uma Cuba antes dominada pelo capitalismo, decide se alistar na milícia, largando seus sonhos de ser artista para se tornar uma médica e salvar o povo...

Tudo ia bem, até que em um determinado momento ela acaba sendo vista como agente da CIA e aí... Bem, só lendo a história para saber como as coisas acontecem.

Ao contrário do que se possa imaginar, Sonya sobrevive e, ao invés de indignar-se, decide continuar apoiando e luta para fazer sua arte.

Tem alguns momentos em que você para, olha pro lado e fala: caraaaaalho, que foda.

Vamos alguns dos pontos que me seduziram nessa HQ:

1- Texto bem escrito:
 Eu não percebi nenhum errinho de português e olha que eu sou beeeem chata. Mas pode ser que tenha algum e eu não tenha visto, hehe.

2- Arte perfeita *________*

Gente, olha isso, sério





















3- A temática:

Eu já havia lido algumas obras sobre esse período, mas não com esse ponto de vista. Cuba aos olhos de uma cubana... Fidel aos olhos de uma miliciana... Agentes da CIA aos olhos de uma médica... A arte aos olhos de um governo opressor. Sem mais.

4- A personagem crescendo

Novo começo da história, Sonya tinha 17 anos. Achei muito legal alguém dessa idade pensar e agir sobre a política.

5- O medo

Os artistas da HQ conseguiram transmitir o medo que a personagem sentia.

Claro que existem alguns pontos que ficaram soltos, mas não vou colocar aqui para não dar spoiler a quem quer ler. Qualquer coisa, falem comigo nos comentários e a gente senta para discutir!
[1] Para evitar spoilers, vou evitar falar muito sobre o conteúdo em si da HQ.

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