Reflexão da Semana

A paixão da sua vida
( Marina Colasanti)
Amava a morte. Mas não era correspondido.
Tomou veneno. Atirou-se de pontes. Aspirou gás. Sempre ela o rejeitava, recusando-lhe o abraço.
Quando finalmente desistiu da paixão entregando-se à vida, a morte, enciumada, estourou-lhe o coração.

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Algumas coisas sobre mim.

       As pessoas, quando lêem meus contos, ficam me perguntando de onde eu tiro as ideias para escrever. Ora, a resposta é muito simples: da vida!
Meus contos podem não ser reflexões profundas sobre a realidade, mas, ainda assim, mostram coisas da sociedade em que vivemos. Ou coisas que deveriam estar em evidência. 

Em um de meus contos, o "Abraços, sorriso no rosto" (link do Recanto das Letras - o texto ainda não foi publicado aqui no Blog: (http://recantodasletras.uol.com.br/contosdesuspense/2273174), a construção do texto levanta a ideia do leitor de que o assassino é sempre o homem, a mulher é sempre a vítima. Em nenhum momento usei sequer um pronome que levasse a essa interpretação. E meu objetivo era este mesmo. Fazer esse leitor, que carrega em si esse esteriótipo, se chocar ao ver que a maldade está no Homem como ser social e não no homem, pessoa do gênero masculino.

Outra característica que é quebrada, propositalmente, em meus contos é a de que os assassinos são sempre de classe média baixa. Se vocês prestarem atenção, a maior parte dos meus vilões conjugam corretamente os verbos na segunda pessoa do singular (sim, o tu), por exemplo. Essa marca poderia ser de um lugar específico, como o Rio Grande do Sul mas, as pessoas que conheço de lá, e não são poucas, se usam o tu usam inadequadamente: “tu vai?”; “tu trabalha onde?".Não, não. Nos meus contos eles usam da maneira mais adequada... Mostra que esta pessoa pode ser abastada e/ou, por que não, intelectual!

Ora, por que (não sei usar os porquês, vai esse mesmo) pensar que só pode ser assassino quem é pobre e burro? Mais uma vez, ressalto: a maldade está nos Humanos.

Claro, devo admitir que minha mente, às vezes, se empolga na hora de descrever as cenas de sexo e violência. Mas, é melhor descarregar as frustrações no papel, do que fazer como o marido de Dionísia (http://cafecanetasecontos.blogspot.com/2010/09/dionisia.html), e descontar nas pessoas .

Meu conselho é: pensem em meus contos, como pensas na poesia de algum bom poeta, como Nelson Falcão (http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=53057&categoria=7) , que tenho a honra de conhecer pessoalmente. Poderia, também, tecer aqui uma lista de autores famosos... que nos fazem refletir sobre a realidade... Mas, voltemos a mim, por que estou egoísta hoje.
Pensem nas coisas que estão na dimensão mais profunda do conto. Analise as coisas da nossa sociedade por eles.

E talvez, só talvez, possas me entender...

E ficarei muito, muito grata!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dragões de Eter e meu preconceito com literatura juvenil brasileira

       Cara, você já parou para pensar no que diabos aconteceu depois do enigmático "felizes para sempre" de histórias como a de Chapeuzinho Vermelho, ou com João e Maria, personagens esses de contos de fadas?
Pois bem, Raphael Draccon pensou. 
Capa do primeiro livro da Série de Draccon
      A série Dragões de Eter, da qual ainda estou lendo o primeiro livro " Caçadores de Bruxas" foi uma surpresa, muito, muito boa. 
      Devo ressaltar, primeiramente, minha vergonha! Eu pensava que o livro era de algum autor estrangeiro. Tá, vai, me condena... me joga na fogueira! "Como pode" deves estar pensando "uma estudante de Letras Português comprar um livro por pensar que era literatura estrangeira..." Ok. Eu admito: Eu li poucos livros  brasileiros, se comparar aos de outras nacionalidades. De literatura brasileira, fora os clássicos, eu li os de Rubem Fonseca; Marina Colasanti; André Vianco; alguns de Luis Fernando e Érico Veríssimo... e só. Tá, deve ter mais algum, mas não consigo lembrar. Os dois primeiros eu li tanto que você percebe as influencias em meus contos... 
     Mas, voltando ao livro de Draccon, juro que fiquei pasma quando vi que um livro daquele estilo era brasileiro! 

Nota para mim: Lembrar de não julgar o livro pela capa... mesmo que  esta seja, muito, mas muito legal : D

       E mais, a história é muito cativante! Eu estou devorando o livro numa velocidade. Ok, grande coisa, eu leio rápido de qualquer forma, mas mesmo para o meu ritmo, estou lendo rápido. O último livro que eu li com  tanto prazer e rapidez foi o Harry Potter e as relíquias da morte e, talvez, A rainha do castelo do ar. Como podem perceber, ambos são de literatura estrangeira, o primeiro inglês e o segundo sueco.

        Bom, a crítica ainda pode ser feita pois, por mais que eu esteja amando a história, ainda não cheguei nem a metade - meta para hoje. Mas assim descobrir mais sobre a história, postarei Dragões de Eter II - A missão!
       Ah, bem, tem uma coisa que eu já posso comentar: A história de Chapeuzinho. Ele parte do pressuposto de que ela sobreviveu, o que não aconteceu na versão de Perrault - que será meu ponto de partida na minha monografia da UFRN. Claro, mas isso é feito intencionalmente, tendo em vista que é uma RELEITURA dos contos de fadas... Logo, tudo é permitido. Eu acho...

Boa Tarde!