Reflexão da Semana

A paixão da sua vida
( Marina Colasanti)
Amava a morte. Mas não era correspondido.
Tomou veneno. Atirou-se de pontes. Aspirou gás. Sempre ela o rejeitava, recusando-lhe o abraço.
Quando finalmente desistiu da paixão entregando-se à vida, a morte, enciumada, estourou-lhe o coração.

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sábado, 16 de maio de 2015

Nas engrenagens da Laranja

         Essa semana eu tentei comecei a ler uma distopia: Laranja Mecânica. Estou me forçando a ler e ainda nem passei do primeiro capítulo. Não que o livro seja ruim, principalmente considerando que eu ainda não comecei a ler de fato, mas porque tenho tido problemas sérios com o gênero em que ele se encaixa. 
Será que o HUEHUEHUEBRBRBR
 foi inspirada em Battle Royale?
        Eu sei: Laranja Mecânica, Admirável mundo novo e 1984 são literaturas distópicas clássicas e eu deveria ter começado por elas... Mas por uma série de motivos acabei negligenciando a leitura dos clássicos para ler a literatura distópica atual. Fiz merda. 
         Minha leitura de distopias começou, acho eu, com um mangá japonês dah, lógico que é japonês, seria o que, americano? Mulher burra... Aff chamado Battle Royale. Foi-o-melhor-mangá-da-minha-vida!! Enlouqueci com a história daquela turma que seria obrigada a matar uns aos outros até, teoricamente, só sobrar um! Foi incrivelmente angustiante e, ao mesmo tempo, libertador ler aquele tipo de coisa. 
          O tempo passou e eu acabei ouvindo o burburinho da galera em relação a uma nova-e-incrível-distopia-americana, Jogos Vorazes. Baixei no Kindle e comecei a ler. Minha decepção foi instantânea... Que cópia descarada de Battle Royale, fiquei super irritada e começou aí o meu ranço com literatura distópica comercial, essas séries, geralmente trilogias, em que a história é SEMPRE do mesmo jeito, uma copiando a outra e blablablá.
        
        Minha decepção com essas histórias enlatadas foi o que me motivou a pegar para ler Laranja Mecânica isso e a pressão de Lázaro para sair da minha zona de conforto do "distopia é ruim" e cá estou eu agora tentando ler. Que livro complicado. E genial. Li o aviso ao leitor, o prefácio e a nota sobre a edição brasileira.
       Estou tendo muita dificuldade de "entrar" no livro, achando um saco aquele monte de palavras que para mim não fazem o menor sentido, mas que tem significados estrategicamente pensados. E é agora que faço um convite a você, meu amigo leitor: Vamos embarcar nesse bote salva-vidas que poderá nos ajudar a fugir desse navio a deriva que é a literatura distópica ATUAL? Vou fazer, como forma até de movimentar esse blog, um diário de leitura em vídeo (que será postada na íntegra no final da leitura do livro) e aqui no blog com os meus avanços na leitura, que eu vou chamar de "Nas engrenagens da Laranja". Então, se você está cansado do marasmo em que estamos, se atreva a entrar comigo nessa e vamos compartilhar nossas agonias. Para deixar a leitura mais crua, eu estou tomando o cuidado de ficar longe de resenhas, vídeos e textos que falem sobre esse livro, tentando deixar a minha reação mais sincera, crua e sem influência possível o que é praticamente impossível.


Fica o convite.

Beijos da tia Lary! \o/

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Trono de vidro

Essa semana (ontem para ser mais exata) eu terminei de ler a obra Trono de vidro, de Sarau J. Maas. Eu estava suuuuuuuuuper animada para ler esse livro!
Capa Dhyvah

Resumão do livro: Uma guria assassina fu-de-ro-sa é tirada duma prisão para representar o rei numa competição. Depois enfrenta altas aventuras com seus novos amiguinhos!

A trama envolve o leitor, mas num foi tão bem desenvolvida. A pessoa percebe que a autora quer fazer a personagem super forte e tals, mas, ao mesmo tempo, quer uma personagem meiga e fofa. Só que num rola, né gata? Como uma pessoa pode ser destemida e sentir medo? Alooou?

E agora, parando pra pensar, uma das coisas que eu mais gostei foi o triângulo-não-triangulo. A pessoa sabe que é um triângulo, mas a protagonista não nutre nenhum dos lados. Eu achei isso, a priori, fuderoso. Passei mais da metade do livro admirando isso. Só que depois de um tempo vc percebe que num é que a personagem não nutra.... É que a autora não conseguiu desenvolver, de fato, o romance.


 Pontos positivos:
- não é uma distopia (aleluia,irmão!);
- protagonista foda. E chata, mas isso é aceitável;
- triângulo amoroso... Eu não saberia quem escolher (saberia sim, muahaha)
- ação do começo ao fim;
- magia, monstros com nomes legais;
- membros decepados (ooooooow yeah!);
- Nox, Chaol (pegaeupegaeu);
- a protagonista é uma adolescente. O que é legal... Em partes. Tinha horas que eu via meus alunos na personagem, kkkkkkk.

Pontos negativos
- REVISÃO PASSOU LONGE;
- personagens sem função real (a Kaltain, por exemplo. Todo aquele ódio nutrido pra nada?! Sério isso?);
- machismo velado. (A mulher era foooooda... No último momento precisou ser salva por um homem. Tipo, a Nehemia fez o trabalho mágico.... Mas quem teve foco? O príncipe e Chaol. Aff) (tenho certeza que tem mais indícios no livro. Quando eu reler edito aqui);
- personagens mal desenvolvidos ( o Perrington, por exemplo... Sei que ele vai ter função real no próximo livro, mas se ele foi apresentado nesse, que fosse bem apresentado. Para mim isso foi uma falha na criação da personagem.);
- a assassina não mata NINGUÉM! Alo-o-o-ou! Como se monta uma protagonista assassina que num mata ninguém? Tipo, vc vê pela descrição que a bixa é fooooooooda, mas ela mata alguém? NOP.


ENFIM. Eis um livro que merece ser lido E criticado, o que é muito bom. Acredito que a galera que gosta de ler vá gostar, sim. Se fosse a Laryssa de 5 anos atrás lendo, tenho certeza que eu teria a-d-o-r-a-d-o. Mas a Laryssa de 5 anos atrás era fã de Sidney Sheldon... Deu pra sacar a comparação?

Minha nota para o livro:☀️☀️☀️⛅️
Recomendo? Sim, desde que se faça uma leitura crítica.

Bem, é isso. Bjos da tia Lary.



segunda-feira, 7 de julho de 2014

[RESENHA] Cuba, minha revolução.

Uma HQ emocionante, verdadeiramente tocante e até revoltante. Essas são os adjetivos que que melhor descrevem essa semi-autobiografia de Inverna Lockpez, uma cubana que viveu a angústia de ser cubana na Cuba de Fidel.
Logo no início do texto a autora já me conquistou com sua nota. [1]

Inverna e Dean \o/
"Este livro é dedicado ao povo cubano onde estiver. O povo que não foi ouvido, que agüentou a penúria da economia, que anseia expressar-se por meio da arte sem temor do cárcere é que ainda luta pelo retorno da liberdade que uma vez teve."

A HQ trata da história de uma personagem fictícia chamada Sonya. Ela era uma jovem de 17 anos que queria ser artista mas que, por se apaixonar pela proposta de Castro para uma Cuba antes dominada pelo capitalismo, decide se alistar na milícia, largando seus sonhos de ser artista para se tornar uma médica e salvar o povo...

Tudo ia bem, até que em um determinado momento ela acaba sendo vista como agente da CIA e aí... Bem, só lendo a história para saber como as coisas acontecem.

Ao contrário do que se possa imaginar, Sonya sobrevive e, ao invés de indignar-se, decide continuar apoiando e luta para fazer sua arte.

Tem alguns momentos em que você para, olha pro lado e fala: caraaaaalho, que foda.

Vamos alguns dos pontos que me seduziram nessa HQ:

1- Texto bem escrito:
 Eu não percebi nenhum errinho de português e olha que eu sou beeeem chata. Mas pode ser que tenha algum e eu não tenha visto, hehe.

2- Arte perfeita *________*

Gente, olha isso, sério





















3- A temática:

Eu já havia lido algumas obras sobre esse período, mas não com esse ponto de vista. Cuba aos olhos de uma cubana... Fidel aos olhos de uma miliciana... Agentes da CIA aos olhos de uma médica... A arte aos olhos de um governo opressor. Sem mais.

4- A personagem crescendo

Novo começo da história, Sonya tinha 17 anos. Achei muito legal alguém dessa idade pensar e agir sobre a política.

5- O medo

Os artistas da HQ conseguiram transmitir o medo que a personagem sentia.

Claro que existem alguns pontos que ficaram soltos, mas não vou colocar aqui para não dar spoiler a quem quer ler. Qualquer coisa, falem comigo nos comentários e a gente senta para discutir!
[1] Para evitar spoilers, vou evitar falar muito sobre o conteúdo em si da HQ.