Reflexão da Semana

A paixão da sua vida
( Marina Colasanti)
Amava a morte. Mas não era correspondido.
Tomou veneno. Atirou-se de pontes. Aspirou gás. Sempre ela o rejeitava, recusando-lhe o abraço.
Quando finalmente desistiu da paixão entregando-se à vida, a morte, enciumada, estourou-lhe o coração.

sábado, 19 de março de 2016

A mídia, o terror e as redes sociais

*texto escrito em 2015, quando aconteceu uma fuga em massa do presídio de Alcaçuz. Vou manter o original aqui, sem terminar o texto mesmo, para deixar registrado o pânico que senti e como boatos são péssimos.

Terror. Medo. Ameaças. Fogo. Ônibus tombado. Correria. 

                Ontem, dia 16 de março de 2015, Natal/RN virou o palco de um filme de guerra ,ou de zumbi. O medo imperou e ganhou força com o passar dos minutos. Foi de arrepiar, mas não de uma forma legal. Várias pessoas ficaram sem transporte nessa noite. Foi um convite ao pandemônio. O frio na barriga era real, o suor escorrendo na espinha era letal. 
        A massa encarcerada fez com que um ônibus a cada hora, mais ou menos, fosse incendiado como forma de protesto. Encontraram uma casa, perto do presídio de Alcaçuz, com o material pronto para facilitar uma fuga. Os presídios orquestraram um motim em várias cadeias do Estado, o que só fez a população ficar ainda mais assustada.
           Mas uma coisa merece ser dita: o caos e o terror não foram somente culpa dos ônibus e do PCC. A onda de medo que se espalhou como fogo em pólvora veio do celular! Muitos áudios, vídeos, fotos e meias verdades se alastraram com uma velocidade assustadora... E foram essas notícias que avisaram a todos que algo muito perigoso estava acontecendo na cidade. O problemas maior é que muitas pessoas começaram a gerar, talvez até sem querer, boatos. E pronto: O caos imperou.
        A coisa mais importante aqui é o fato de que as redes de televisão, aquelas sensacionalistas e que geram falsas notícias SIMPLESMENTE não se pronunciaram nos momentos que deveriam. A única fonte de informações era a rede social Whatsapp... e a galera se aproveitou disso!

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